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A sombra de Maquiavel

Por Jessé Salvino Cardoso.

maquiaNeste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.
Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.

Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média. Caro leitor, no momento tem falado da Idade Média e suas nuances políticas que são muitas e variáveis, nesse momento desejo compartilhar acerca de Nicolau Maquiavel e seu escrito O Príncipe e seus desdobramentos no mundo medieval e no mundo moderno nos dias de hoje.
Nesse momento estamos no final da Idade Média, e o nobre Nicolau Maquiavel concebe a ideia genial de escrever mais um manual político que viesse versar exatamente sobre o modus operandi de um político e suas marcas permanentes.

Considerando o tempo na Europa já havia muitos manuais de política, ele então passa a escrever sobre as virtudes e a fortuna de uma política naquela época e alguma lição serve para hoje. Primeiro precisamos conceituar o que vem a ser uma virtude?
Nos dicionários e léxicos a virtude pode ser simplesmente definida como uma qualidade elevada á excelência, contudo mostrar qualidades acima da média nunca foi uma ação de políticos sérios ou responsáveis em todos os momentos da História da Humanidade. Em suma na verdade o senhor Nicolau Maquiavel buscou uma marca que os políticos em todos os momentos devem ter a virtude.
Segundo ele mesmo é necessário tê-la para poder governar, sem ela se torna impossível uma governabilidade em determinado momento com certeza ele prediz em seu livro, ela vai ruir, como uma construção sem fundamento. Mas como profeta da Modernidade, ele aponta veredas adequadas o qual um político em sua sã consciência possa ir, em conformidade com a justiça na essência, ele não pode falhar mediante a opinião popular.

Essa virtude deve nortear os passos e as decisões do mesmo, sem alterar seu humor, nisso Maquiavel prevê um novo mundo se despontando, e mostrar maneiras claras de governá-lo mediante a prudência, e concorda que a dinâmica da política também depende de outros fatores reais que envolvem essa realidade de Senados e Congressos.

Apenas aponta para determinados momentos, em que o político bem referido aqui demonstre essas qualidades acima da média para a população governada por ele, onde refreie com atenção seus apetites no exercício do poder. Esse exercício nomeia atitudes relevantes e prudentes para o povo, e sinaliza que seu governante jamais será um tirano.

Mas nosso amigo Maquiavel também descreve atentamente outra marca muito relevante em tempos Pós-Modernos, aquela bem determinante a fortuna, mas antes demais nada, ele enfatiza em letras garrafais, a poderosa virtude. No tocante a fortuna, ele indica com certa sobriedade que o político antes de ser um detentor do poder de governo já deve possuir uma fortuna, para que não venha se apossar do dinheiro alheio no exercício da função, prevê assim as corrupções existentes no mundo atual.

Segundo ele mesmo, nenhum político pode se render ao uso real da máquina estatal, por certo na Idade Média tardia, a corrupção mediante o uso e abuso da máquina estatal já ditava seus sinais, sabiamente esse cenário foi vislumbrado com cores bem fortes.
E faz valer uma visão do momento em que a Igreja e os governantes de mãos dadas, nisso ele tinham razão, o político não pode ceder à corrupção, mas a virtude apontada linhas acima rompe com essa tentação.

Nesse momento a Idade Média já dava sinais que estava ouvindo a cantiga de findar, os governantes cheios de supertição viam que os manuais nada resolviam seus dilemas, mas as fortunas aumentavam como hoje aumentam da transição do dia para noite, e o povo somente padece.

Seu manual ainda aponta que as virtudes e a fortunas devem ser ponderadas e não desmedidas, ou atos falhos ele modela o político como alguém do povo para o povo. Essa leitura acompanha o pensamento político da época que estava somente atravessando mudanças, o pensador em destaque tinha uma visão relevante do mundo em constante processo de mudanças boas e favoráveis utopicamente.

Esse livro é ainda hoje muito lido por políticos e administradores públicos no processo de formação e ao longo da vida, mas o maior destaque que o livro aqui analisado sempre aponta para o futuro de sociedades puramente democráticas em sua essência, nessa proposição e linha ideológica o pensador cumpriu seu papel diante do mundo. E assim concluo essa coluna , passando assim a perspectiva á sombra de Maquiavel.

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