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A Paródia e o Significado

Por Jessé Salvino Cardoso.

O viajante ao viajar busca entende-se melhor a si mesmo e a olhar o mundo em outras perspectivas. O autoconhecimento é ainda uma das facetas do longo processo que e a viagem em si.

Trata-se de uma fuga não declarada dos problemas familiares e cotidianos que azedam semanas e dias, e a fuga serve para isso, cada viajante parte em busca de uma aventura que possa viver em paz e tranquilidade durante alguns dias da sua vida.

A busca por aventura ou experiências agradáveis deve também fazer parte do pacote, é uma parte importante de todo o processo, é um esforço para sair da rotina, e requer planejamento e outros detalhes como preparar malas. Nessa viagem que vamos fazer caro leitor, um teólogo reformado faz uma nova interpretação de textos antigos, no caso bíblico. O que o teólogo pretende?
Caro leitor, temos a resposta em três divisões:

Em primeiro lugar, ele se dedica a estudar á luz das línguas os textos bíblicos, isso uma nova leitura para a Bíblia em dias atuais. Ao estudar esses textos com essa iluminação. O teólogo reformado busca uma nova aplicação para um mundo em crises da Pós-modernidade.

O teólogo se localiza por intermédio de um horizonte possível, uma forma de leitura aplicável, antes de tudo ele somente precisava ler com o coração, com a alma. A leitura indica um risco e a arte de criar um novo ambiente de aconchego. Ler é entender um mundo bem distante de sua época cultural, por si só já é um desafio para todo leitor quer iniciante ou experiente, em termos práticos, o teólogo tem razão em ler, reler o texto de forma incansável.
Em segundo lugar, ele deveria guardar o texto e dar uma aplicação possível ao mesmo. Ele vê tudo em seu coração, com maior profundidade estrutural e a ideológica, o esforço dele dependia unicamente para alcançar um resultado útil e agradável a quem ouvisse seu sermão no domingo á noite.

O guardar era se identificar com a profundidade do que estava escrito, a identidade vem em primeiro lugar, ele como um teólogo deveria ter isso em mente e não esquecer os traços do escrito, e procurar praticá-los são um processo de atravessa de um caminho de certo modo longo e difícil. Ele aplica a ideia de guardar fazer parte do cotidiano, nos momentos fáceis, e momentos difíceis da vida, e requer um envolvimento total, sem reservas ou condicionamentos pessoais. Ele propõe um esforço tremendo a isso e elege métodos para se aplicar a Palavra Divina.

E por último, entender para viver segundo suas concepções teológicas, ninguém pode guardar algo sem entender ou ler, essa sequência sugere uma mentalidade certa e disposta, pode parecer uma utopia. O seu esforço aumenta quando cobra isso da comunidade religiosa ali.

Não basta conhecer somente os métodos para o entendimento em questão, caro leitor não quero aqui fazer um discurso do método cartesiano, ele propõe uma saída para as dificuldades cotidianas, mediante á prática.
E a paródia o que realmente significa?

Prezado leitor você não está em apuros, o teólogo propõe uma nova interpretação que tornou uma paródia realista acerca dos textos bíblicos com uma nova semântica que exigia o conhecimento básico das línguas originais e do contexto histórico, pois todo texto fora do contexto vira um pretexto usualmente usado por hereges potenciais.
É uma paródia do texto bíblico, pois o teólogo se dispôs a conversar com texto bíblico, essa disposição já é uma saída para o mundo Pós-Moderno, ele entra em contato com outras realidades textuais diferenciadas da textualidade bíblica, e refaz um diálogo com outras áreas das Humanidades. Essa linha de proposições do teólogo se alinha a sua mentalidade musical vista em outra coluna anterior a essa, ele se impõe como uma novidade no meio teológico internacional.

Ao recorrer a outras formas de interpretações alinhadas com o mundo moderno, a paródia trata-se de um desvio literal do texto, e ao mesmo tempo uma apropriação para os tempos atuais, isso serve para orientar o leitor como um mapa.

Essa orientação de tom geográfico quase político, não ironiza a mentalidade teológica cristã ou literária secular, mas amplia o debate entre as formas de interpretação, ele ascende uma nova visão acerca do mundo em fragmentos comuns as crises, a culpa será dos humanistas ou do cristão radicalizados em seus guetos denominacionais.

Ele transcende essa divisão moral de corte ideológico que afeta a sociedade moderna, alguns valores são confundidos com cosmovisões particularizadas ao longo do caminho, assombra os modernos com releituras exatas em termos práticos, com uma profundidade afinada com os dias e se esforça para alcançar os desdobramentos de grandes teólogos do século passado e dialoga com presente, isso é uma paródia.Essa transcendência envolve uma leitura afinada com os riscos e desafios, com os golpes que a vida pode dar á nós quando menos esperamos , e assim ele usa a sabedoria para se apropriar tudo com vontade e desejo advindo do coração.

A sabedoria de um teólogo pode trazer desafios de leitura e interpretação que desafia o tempo e o momento, e requer certo cuidado afinado com a sonoridade da vida, caro leitor se apropriando da coluna, convido você a ler O Resto é Ruído de Ross e a entrevista de Kevin Vanhoozer na revista Teologia Brasileira. Caro leitor nos acompanhe em nossas colunas e entre seus amigos divulgue-as durante os anos que passam ao longo do caminho. Até a próxima coluna, caro leitor.

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