Widgetized Section

Go to Admin » Appearance » Widgets » and move Gabfire Widget: Social into that MastheadOverlay zone

Casamento e Declínio da Nobreza

Por Jessé Salvino Cardoso.

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.

Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média que já foi concluída, já tratamos da trindade teórica do Absolutismo. Após encerrar a série sobre o Absolutismo na França, irei dar continuidade a série iniciada na última coluna. Iniciando com uma pergunta: Como um casamento pode enfraquecer os nobres de um país?

Explico em três partes:O casamento de Henrique 7° pôs fim a um conflito interno que durou mais de três décadas e enfraqueceu a nobreza da Inglaterra,Depois das Guerras das Rosas tratada um pouco na coluna anterior, as duas famílias se unem em torno do trono. Uma união e uma intenção, segundo estudiosos isso é nada mais justo.
A guerra terminou com a ascensão de Henrique Tudor, apoiado pela burguesia.O novo monarca subiu ao trono com o nome de Henrique VII e fundou a dinastia Tudor. Seu reinado foi de 1485 a 1509.

Durante o reinado do popular Eduardo IV, a facção de Lancaster à qual Henrique pertencia pouco pode fazer para reaver o trono. No entanto, a sua morte repentina em 1483 e o golpe que levou o seu irmão o Duque de Gloucester ao trono como Ricardo III, fez renascer o conflito. Após a morte de um soberano , as primeiras coisas que aparecem são rebeliões e os golpes. São as práticas mais comuns nesse tipo de governo, pois sempre alguém divisa alcançar o trono, não importa os caminhos que levem ao trono. A nobreza de alguma forma sentiu enfraquecida diante da ausência do soberano

A segunda parte sugere sempre que o principal herdeiro do trono fuja ou saia em busca de apoio para reaver o trono.No mesmo ano, Henrique abandonou a Bretanha para unir-se à rebelião de seu primo Henrique Stafford, Duque de Buckingham contra Ricardo III; entretanto, a vitória deste último forçou Henrique a fugir precipitadamente para a Bretanha, buscando de novo o amparo do Duque da Bretanha, Francisco II.

A terceira parte sempre haverá com certeza um grupo de nobres dispostos á uma traição, no meio da nobreza sempre teremos bons traidores tendo em troca cargos e benefícios.Em 1485, depois de receber apoio financeiro do duque, e assegurando um certo apoio galês, Henrique lançou uma nova rebelião ao desembarcar de novo em Gales; Ricardo III saiu ao encontro de Henrique, mas, devido à traição de certos nobres, seu exército foi incapaz de ganhar a batalha de Bosworth, na qual o próprio Ricardo III lutou com valentia e morreu em 22 de agosto de 1485.

Com Ricardo III morto no conflito, Henrique foi aclamado rei sem nenhum opositor direto. Sua luta pelo direito ao trono se baseou no fato de seu avô paterno ter se casado com Catarina de Valois viúva de Henrique V, além do que o lado da mãe (Beauforts) dizia ter o sangue real pela parte ilegítima de João de Gante, terceiro filho de Eduardo III.A sua primeira medida foi declarar-se rei desde o dia da batalha, o que tecnicamente lhe permitia acusar e condenar todos os que lutaram contra ele por traição. Curiosamente, Henrique VII não exerceu este direito na plenitude e deixou viver alguns opositores.

O rei ao se casar divisou ao horizonte , resolver problemas de um passado recente, e nessa jogada manteve a nobreza de certo distante , porém vigiada. Para sarar as feridas entre a nobreza de Inglaterra, prometeu ainda casar com Isabel de Iorque, filha de Eduardo IV sendo portanto a herdeira da família inimiga, o que aconteceu em 18 de janeiro de 1486. Isso marcou a união das casas de Iorque e Lancaster e a Dinastia Tudor foi representada por uma rosa que unia as rosas das duas casas. Henrique VII não era no entanto um rei permissivo e grande parte do sucesso do seu reinado, relativamente pacífico, deve-se ao facto de ter mantido os seus nobres sob apertada vigilância.

Com a coroa segura, Henrique dedicou-se à reconstrução do reino, devastado pela guerra civil. O processo de reconstrução sempre é degastante, por parte da falta de recursos e mão de obra necessária no momento dessa solicitude. Não fez nenhuma tentativa de reaver as possesões inglesas em França (como o Ducado da Aquitânia), perdidas nos episódios finais da guerra dos cem anos.

Em vez disso investiu o seu tempo na reestruturação dos impostos, aumentando a carga fiscal da nobreza, e da economia em geral. Cobrar retorno da nobreza foi uma saída mais que adequada para aqueles tempos difíceis, cobrar dos pobres não era um caminho.

Uma das medidas neste campo foi subsidiar a construção de uma frota comercial para desenvolver o comércio com o continente.Recuperar a economia em tempos difíceis sugere acreditar que os cidadãos vão conseguir reaver soluções e caminhos. A sacada foi exatamente investir em navios e mercadorias. Um saída eficiente para a época.A marinha inglesa provou ser uma boa aposta, como se verificou no reinado da sua neta Isabel.

Nenhum soberano consegue governar sem apoios externos e coisas dessa natureza.Do ponto de vista diplomático, Henrique procurou restaurar as relações com França, e Escócia. Com a Espanha dos Reis Católicos, Henrique negociou o casamento de Catarina de Aragão com o seu herdeiro Artur, Príncipe de Gales. Depois da morte deste, Catarina tornou-se na mulher do seu segundo filho Henrique, então Duque de Iorque. Esta união, em particular o divórcio com que terminou, iria trazer consequências dramáticas para a história da Europa.Henrique VII também formou uma aliança com o Sacro Império Romano, sob o reinado do imperador Maximiliano I (1493–1519) e convenceu o Papa Inocêncio VIII a editar a Bula da Excomunhão contra todos os pretendentes ao trono de Henrique VII. Esse pequenos detalhes, caro leitor , são conselhos para os governantes em crise , no mundo atual. E ao mesmo tempo indicam solução econômica e política.

Caro leitor , você escolhe sua própria conclusão, em concordância com tudo que fora analisado nesta coluna, e não deixe de nos acompanhar por intermédio deste jornal Choraminhices , divulgue por meio das redes sociais, contamos com seu apoio.

www.choraminhices.com.br

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *