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Um Soberano Diferenciado

Por Jessé Cardoso. foto ilustrativa Hans Holbein.

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.

Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média que já foi concluída, já tratamos da trindade teórica do Absolutismo. Após encerrar a série sobre o Absolutismo na França, irei dar continuidade a série iniciada na última coluna Casamento e o Declínio da Nobreza.
Começo essa coluna com uma pergunta séria, como Henrique VIII se tornou um soberano diferenciado dos demais anteriores a ele?
Pode ser em tres etapas bem distintas:
A primeira etapa, ele vai demonstrar por atos exatos comuns a grandes soberanos, que ele de fato é digno da Coroa Inglesa.Em análise , nenhum indigno pode assumir um cargo elevado, aliás, nenhum soberano fraco fica por muito tempo no exercício do poder. Essa afirmação é válida ontem e hoje, nenhum presidente fraco pode assim administrar uma república.
Sugere uma fina ironia, mas isso é de fato verdadeiro, os cientistas políticos e historiadores plenamente concordam com essa afirmação acima referida, o Rei Henrique se encaixa porque realmente não era um fraco, e sim um homem de pulso firme.
Segunda etapa , a vida dele é uma construção exata das Forças do Destino que norteia assim o caminho de grandes homens na História da Humanidade, é um construto bem coordenado dos fatos abaixado referidos e sucedidos. Henrique sabia e conhecia todas as conveniências do poder em suas mãos, isso era tudo para um governante estratégico, assim ele poderia com muita facilidade atingir seus objetivos.
O mais famoso rei inglês desde Guilherme, o Conquistador, e provavelmente também o mais controverso, Henrique VIII nasceu em Greenwich e era o segundo filho de Henrique VII (1457-1509), primeiro monarca inglês da casa dos Tudor. Henrique chegou ao poder numa época de grandes conflitos entre Inglaterra e França. Mas, mesmo assim, foi capaz de selar a paz entre as duas nações, conseguindo até mesmo que sua irmã se casasse com o rei francês Luis XII (1462-1515). Henrique VIII assumiu o trono inglês em 1509 e, no mesmo ano, casou-se com Catarina de Aragão (1485-1536), viúva de seu irmão Arthur.

Depois de vinte anos de casamento sem ter conseguido um herdeiro masculino, Henrique quis encerrar sua união com Catarina. O que não foi permitido pelo papa Clemente VII (1478-1534), pois a Igreja Católica não aceitava o divórcio. Em 1533,

Thomas Cranmer (1489-1556), um amigo de Henrique, tornou-se arcebispo da Cantuária, o mais alto cargo eclesiástico da Inglaterra. Assim, os dois amigos fizeram um acordo para anular o casamento de Henrique, fazendo o Parlamento declarar que o Direito Divino dos Reis substituíra a autoridade da Igreja. Naquele mesmo ano, Cranmer e Henrique retiraram a ala inglesa do Catolicismo e criaram a Igreja Anglicana.

Depois de o casamento de Henrique com Catarina de Aragão ser anulado, ele prontamente se uniu a Ana Bolena (1507-1536). Na verdade, os dois já tinham um relacionamento às escondidas, mas ela queria um casamento legalizado. Durante três anos, Ana Bolena permaneceu como rainha da Inglaterra e nesse período eles tiveram um filha, Elizabeth I (1533-1603), que, mais tarde, se tornaria uma das monarcas mais importantes da Inglaterra. Quando Henrique se cansou de Ana, ele a acusou de adultério e a decapitou em 19 de maio de 1536. Ele casou-se então com Jane Seymour (1509-1537), que morreu pouco depois do nascimento de seu filho, Eduardo VI (1537-1553).

Três anos depois, em 1540, para criar uma aliança política com os príncipes protestantes do norte da Alemanha, Henrique casou-se com Anne de Clèves (1515-1557). Mas a união durou menos de um ano. Henrique VIII escolheu então Catherine Howard (1521-1542), filha do duque de Norfolk. Mas, como já havia ocorrido com Ana Bolena, Catherine também foi decapitada por sua suposta “imoralidade”. A sexta e última esposa de Henrique foi Catherine Parr (1512-1548), filha de um nobre chamado Thomas Parr. Protestante leal, ela havia apoiado totalmente o então polêmico rompimento de Henrique com a Igreja Católica. Catherine viveu ainda cinco anos após a morte de Henrique.

A terceira e última etapa, sabia escolher suas alianças, para aumentar o poder elas são necessárias ontem e hoje no Mundo Pós-Moderno. Para alguns governantes atuais se trata de um desafio, que os arranca dos seus gabinetes para ação do exercício do poder, nenhum governante moderno ficaria sem alianças, um detalhe ruidoso elas podem corromper os melhores governantes. O desafio na verdade é assim, quem é seu aliado hoje pode ser seu inimigo amanhã, saber escolher aliados é uma constante nos palácios ao redor do mundo, essa Pós-Modernidade Líquida segundo Bauman reservou esse desafio forte para os governantes.Neste caso , os governantes precisam a lidar com essa constante do poder , que os assusta tanto. Parece que Henrique quer dar um pequeno conselho para eles hoje.Outro ponto importante foi ter incorporado o País de Gales ao reino britânico e dar-lhe representação no Parlamento inglês.

Caro leitor , você escolhe sua própria conclusão, em concordância com tudo que fora analisado nesta coluna, e não deixe de nos acompanhar por intermédio deste jornal Choraminhices , divulgue por meio das redes sociais, contamos com seu apoio.

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