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Três Aspectos Relevantes do Renascimento

Por Jessé Salvino Cardoso.

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.

Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média que já foi concluída, já tratamos da trindade teórica do Absolutismo. Dando continuidade a série iniciada em outra coluna anterior , falarei agora dos três aspectos mais relevantes lá trabalhados pelos artistas renascentistas.

Quais são esses aspectos ou valores do Renascimento?

Os valores são os seguintes que ajudaram a promover o Renascimento no mundo:

O humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. O humanismo, antes que um corpo filosófico, foi um método de aprendizado que passava a dar um maior valor ao uso da razão individual e à análise das evidências empíricas, ao contrário da escolástica medieval, que se limitava basicamente à consulta às autoridades do passado, principalmente Aristóteles e os primeiros Padres da Igreja, e ao debate das diferenças entre os autores e comentaristas.

O humanismo afirma a dignidade do homem e o torna o investigador por excelência da natureza. Na perspectiva do Renascimento, isso envolveu a revalorização da cultura clássica antiga e sua filosofia, com uma compreensão fortemente antropocêntrica e racionalista do mundo, tendo o homem e seu raciocínio lógico e sua ciência como árbitros da vida manifesta.

O humanismo se consolidou principalmente através dos escritos de Lorenzo Valla, Leonardo Bruni, Poggio Bracciolini, Marsilio Ficino, Erasmo de Roterdão, Pico della Mirandola, Petrus Ramus, Juan Luis Vives, Francis Bacon, Michel de Montaigne, Bernardino Telesio, Giordano Bruno, Tommaso Campanella e Thomas More, entre outros, que escreveram sobre variados aspectos do mundo natural e da filosofia, incorporando elementos do neoplatonismo, do ceticismo, do estoicismo, do epicurismo e do novo método científico, que iniciava sua ascensão. Muitos desses autores buscavam uma harmonização entre o conhecimento antigo e as novas descobertas.

O outro aspecto altamente elevado era o racionalismo pelo renascentistas , de foram incisiva. O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio como uma operação mental, discursiva e lógica que usa uma ou mais proposições para extrair conclusões, ou seja, se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo. O racionalismo é em parte, a base da Filosofia, ao priorizar a razão como o caminho para se alcançar a Verdade.

O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser demonstrada empiricamente, tal como a causa da origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento. Considera a dedução como o método superior de investigação filosófica. René Descartes, Baruch Spinoza e Gottfried Wilhelm Leibniz introduzem o racionalismo na filosofia moderna. Georg Wilhelm Friedrich Hegel, por sua vez, identifica o racional com o real, supondo a total inteligibilidade deste último.

O racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza, pela demonstração e análise, sustentados, segundo Kant, pelo conhecimento a priori, ou seja o conhecimento que não é inato nem decorre da experiência sensível mas é produzido somente pela razão.

O individualismo na verdade foi o terceiro aspecto relevante para os renascentistas , observe bem o significado de individualismo no entendimento filosófico.Individualismo é um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou ao Estado.

O Homem do renascimento passou a apoiar a competição e a desenvolver uma crença baseada em que o homem poderia tudo, desde que tivesse vontade, talento e capacidade de ação individual.

O individualismo, em princípio, opõe-se a toda forma de autoridade ou controle sobre os indivíduos e coloca-se em oposição ao coletivismo, no que concerne à propriedade. O individualista pode permanecer dentro da sociedade e de organizações que tenham o indivíduo como valor básico – embora as organizações e as sociedades, contraditoriamente, carreguem outros valores, não necessariamente individualistas, o que cria um estado de permanente tensão entre o indivíduo e essas instâncias de vida social.

Segundo Sartre, mesmo dentro do maior constrangimento – político, econômico, educacional ou outro -, existe um espaço, maior ou menor, para o exercício da liberdade individual, o que faz com que as pessoas possam se distinguir uma das outras, através das suas escolhas.

O exercício da liberdade individual implica escolhas, que, nas sociedades contemporâneas, frequentemente estão associadas a um determinado projeto. Indivíduos desenvolvem seus projetos dentro de um campo de possibilidades e dado um certo repertório sociocultural – que inclui ideologias, visões de mundo e experiências de classe, grupos, ethos, dimensões nas quais o indivíduo se insere.

Nas sociedades contemporâneas, uma vez que o indivíduo se constitui na relação com o outro e em função de várias experiências e papéis sociais, participando de vários mundos, a sua personalidade não é um monólito: o indivíduo não é um mas muitos, em função de suas circunstâncias, uma primeira dificuldade do individualismo seria, portanto, a de definir o indivíduo, destacando-o da esfera do coletivo – que, de certa forma, o constitui e lhe dá sentido.

Em processo de conclusão caro leitor, entendemos qual sua conotação política naquele momento para toda Europa, em especial para a população sem acesso a cultura, os pobres na verdade ganharam nesse primeiro ponto. Concordo plenamente com esses renascentistas reacionários que dispuseram seu conhecimento a favor dessa grande parte população em defasagem intelectual e econômica.

Caro leitor , você escolhe sua própria conclusão, em concordância com tudo que fora analisado nesta coluna, e não deixe de nos acompanhar por intermédio deste jornal Choraminhices , divulgue por meio das redes sociais, contamos com seu apoio.

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