Por Gabriel Ribeiro
Por causa da correria da vida, às vezes, esqueçamo-nos de sonhos que outrora tivemos. Os sonhos vão se destituindo da pessoa que já fomos um dia. A infância é a fase que temos mais sonhos, sonhamos acordado, o tempo todo fantasiando com a morte simbólica da infância, perdemos aos poucos com a capacidade de sonhar. A adolescência, a fase mais turbulenta, com muitas crises internas e externas, os sonhos vão se esvaindo com a ansiedade de se tornar adulto. Alguns sonhos ainda se mantêm. Com a transição para a vida adulta, os sonhos vão deixando de fazer parte da nossa essência, pois nos preocupamos muito com a existência. O ser é substituído pelo ter. E queremos mais e mais. A tentativa vã de preencher aquilo que não pode ser preenchido. Deixamos de sonhar da forma mais genuína que tem, sem se preocupar com a realidade que virá. Apenas querendo sentir aquilo que nos fazíamos mais felizes. Não deixe de sonhar, mesmo que a realidade queira derrubar seus sonhos. Sonhar é manter a fogueira do seu coração acesa.
Gabriel Ribeiro, Jornal Choraminhices.